O impacto da Inteligência Artificial no recrutamento e seleção de profissionais

O avanço tecnológico impacta fortemente o meio de trabalho atual, impondo mudanças aos modos de executar funções e otimizando os serviços prestados. E nesse cenário, o uso da Inteligência Artificial (IA) tem se tornado cada vez mais comum no cotidiano das mais diversas áreas. 

Para o processo de recrutamento e seleção de candidatos, a Inteligência Artificial viabiliza e facilita a tomada de decisões por meio do uso de dados. Assim, a IA pode ajudar a reduzir significativamente o trabalho operacional e a chance de erros na triagem dos profissionais.

Segundo a pesquisa State of Artificial Intelligence in Talent Acquisition, da Oracle, enquanto apenas 10% das organizações atualmente fazem alto ou muito alto uso de IA no recrutamento, 36% das organizações esperam que o uso seja alto ou muito alto nos próximos dois anos. Além disso, também demonstra que 96% dos gerentes de RH acreditam que a IA tem grande potencial para ajudar na aquisição de talentos certos. 

Mas o que é a Inteligência Artificial? 

Resumidamente, a Inteligência Artificial é uma ferramenta desenvolvida pela ciência da computação capaz de armazenar, analisar e operar através de dados, estando presente por exemplo em atendimentos por chatbot, preenchimento automático do campo de buscas no Google, câmeras de vigilância, reconhecimento facial e muitos outros.

Nesse âmbito, ela pode estar inserida em softwares de recrutamento e seleção, privilegiando a automação de processos de análise de currículos, de match dos candidatos com as vagas, atualização de currículos etc, levando a redução de custos operacionais e a execução de atividades com mais facilidade e segurança. Oferece ainda ao profissional de RH a oportunidade de dedicar-se a outras atividades mais nobres desse processo e de outros em sua área de atuação.

Quais as vantagens que ela pode assumir para o Recrutamento e Seleção?

Os principais benefícios que uma empresa pode ter ao adotar essa estratégia são:

• Otimização da análise de dados dos candidatos;
• Seleção mais precisa de candidatos para cada cargo;
• Redução do turnover, devido à seleção de candidatos mais adequados às vagas disponíveis e à cultura organizacional da empresa;
• Redução do tempo do processo, já que os dados dos candidatos são analisados mais rapidamente;
• Formação de um banco de talentos mais qualificado.

Mas alguns fatores que merecem destaque são: 

Seleção mais inclusiva

Por permitir a análise de quais competências técnicas e comportamentais o candidato possui, o recrutamento feito com o auxílio da inteligência artificial garante uma seleção mais abrangente, não olhando somente experiências anteriores escritas no currículo. 

Observando valores, soft skills e outras habilidades que não podem ser percebidas a olho nu, ou nem sempre são validadas, como inteligência emocional, vocação para liderança, entre outras, uma seleção mais inclusiva será direcionada.  

Aumento da precisão

Por meio de um software de RH com inteligência artificial, na função de recrutamento, os candidatos à vaga fazem seu cadastro e realizam a avaliação do seu perfil comportamental e de suas competências técnicas, com o IA da ferramenta realizando uma classificação prévia dos candidatos. 

Assim, os resultados são armazenados e analisados dentro da própria plataforma, possibilitando maior agilidade no processo e maior efetividade na escolha do candidato. 

Redução no tempo de contratação

Com ela, é possível analisar tanto as “hard skills” quanto as “soft skills”, de forma eficaz e rápida. Assim, a inteligência artificial possibilita identificar as características comportamentais, por exemplo, com o mapeamento em um relatório completo obtido em poucos instantes. Dessa forma, sobra mais tempo para o RH focar no que realmente importa dentro da empresa: as pessoas.

Mas o fator humano ainda é a chave

Mesmo com todo esse cenário, o fator humano ainda é fundamental para a Gestão de Pessoas. Com os processos seletivos sendo realizados por softwares, os gestores têm mais tempo disponível para engajar funcionários e construir relacionamentos dentro das empresas. Afinal, a inteligência emocional ainda é uma das peças principais para lidar com o ser humano e suas complexidades. Para isso, é preciso pensar em inovações e adaptações para um ambiente cada vez mais disruptivo e empreendedor.